O Sereníssimo Senhor Dom Filipe (Dom Filipe Alberto Folque de Bragança e Bourbon de Mendóça, que também usa Dom Filipe Folque de Mendóça), nasceu em Lisboa, a 16 de Abril de 1967

Dom Filipe com seu pai, o duque de Loulé, em 1967
Na sequência da revolução do 25 de Abril de 1974 e consequente perseguição movida pelos comunistas a membros da sua Família, foi obrigado a partir com ela para o Brasil. A História parecia repetir-se…, fazendo recordar o tempo em que seu Avô El-Rei Dom João VI foi obrigado a partir para o Brasil com toda a Sua Família, pela perseguição movida por Napoleão Bonaparte (em 1807).

Dom Filipe com o seu cão, pastor alemão, em 1974
No Brasil, os Duques de Loulé e Sua Família, estabeleceram-se primeiramente em Petrópolis, onde puderam conviver com seus primos da Casa Imperial do Brasil, nomeadamente com o Príncipe Dom Pedro Gastão de Orléans e Bragança, que os receberia sempre com a maior afabilidade no Palácio do Grão-Pará.
Viveram depois no Rio de Janeiro e posteriormente em Brasília (capital do Brasil), onde o Senhor Dom Filipe continuou os seus estudos, concluindo o ensino primário e secundário no Colégiodos Padres Salesianos. Tendo depois sido aprovado em concurso vestibular de acesso ao Ensino Superior, ingressando assim na Universidade.
Conjuntamente com os estudos universitários, o Senhor Dom Filipe, dedicava-se à prática de desportos, nomeadamente o da equitação e hipismo. Haveria ainda de praticar natação, atletismo e o mini-golfe, tendo nestas modalidades chegado a participar em algumas competições, conquistando classificações e prémios.

Dom Filipe na Sociedade Hípica de Brasília, 1984
Durante a vigência da Assembleia Constituinte (1987-1988), apoiaria o movimento monárquico brasileiro e o projecto encabeçado pelo Deputado Cunha Bueno no Congresso Nacional, com vista à eliminação dachamada Cláusula Pétrea da Constituição do Brasil, que vedava aos brasileiros o direito político de se expressarem a favor do Regime Monárquico.
Nessa questão, há que destacar o papel desempenhado pelo seu primo o Príncipe Dom Luís de Orléans e Bragança (Chefe da Casa Imperial do Brasil), que actuará de maneira decisiva através de uma carta sólidamente argumentada dirigida a todos os Senadores e Deputados pedindo a abolição daquele dispositivo discriminatório aos monárquicos – e a consequente convocação de um referendo, para decidir sobre a forma e regime de governo a vigorarem no país.
Em finais de 1988, voltaria definitivamente à Sua Pátria, onde continuaria os seus estudos universitários, tendo entretanto sido chamado a prestar o Serviço Militar obrigatório, primeiramente na Figueira da Foz, na Escola Prática de Serviço de Transportes, e depois como Adido, no Regimento de Infantaria de Castelo Branco

Dom Filipe na Escola Prática de Serviços de Transportes, Figueira da Foz
Após esse interregno, a par da conclusão da sua Licenciatura em História, desenvolveria uma intensa actividade política no campo monárquico, tendo participado como militante em diversos movimentos, nomeadamente na Real Associação de Lisboa (onde seria eleito consecutivamente como Presidente da Direcção e Presidente da Assembleia-Geral), como na Causa Real, onde exerceria o lugar de Presidente do Conselho Consultivo, sendo eleito Membro do Conselho Monárquico da mesma organização.
Foram as profundas e graves divergências havidas no seio monárquico, nomeadamente quanto à chamada questão da Linha da Sucessão da Coroa (1990-1995), potenciadas pelas incoerentes posições tomadas pelo pretendente miguelista D. Duarte Pio de Bragança, mormente após o casamento que fez com D. Isabel de Herédia, chegando por vezes ao ponto de ferir a dignidade e honra dos membros da Casa Dinástica dos Duques de Loulé, que fizeram com que todas as esperanças da obtenção de um eventual consenso dinástico caísse por terra. Estes funestos acontecimentos agudizar-se-ão a partir do ano de 1999, atingindo o seu auge em finais de 2005.
O Senhor Dom Filipe (que até então pugnara pela harmonia Familiar entre o Ramo Dinástico Constitucional de Sua Casa com o Ramo Absolutista /Miguelista, por forma a unir os monárquicos, tendo em vista o supremo interesse da Nação, consubstanciado no propósito da Restauração da Monarquia em Portugal), depois de ser vilmente atacado numa cerimónia pública no dia 1.º de Fevereiro de 2006, no Terreiro do Paço, por sequazes do pretendente miguelista (e de sua mulher), não lhe restou alternativa, senão a de se afastar de forma peremptória de qualquer tipo de vinculação a movimentos e instituições monárquicas sob a influência de D. Duarte Pio de Bragança (e de sua mulher), apresentando a sua formal demissão de todos os cargos que até então ocupava (para os quais tinha sido eleito).
Entretanto, tendo concluído o Mestrado, passou a exercer a docência no Ensino Superior, dedicando-se também à investigação. Querendo prosseguir a carreira de docente Universitário, ingressou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde concluirá com distinção a sua Tese de Doutoramento em História Contemporânea, subordinada ao título: O Duque de Loulé – Crónica de um Percurso Político (1804-1875), com que ganhou dois prémios – o Prémio Grémio Literário (2017), e o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian de História Moderna e Contemporânea (2018), da Academia Portuguesa da História.
A par da docência, o Sereníssimo Senhor Dom Filipe, dedica-se à Investigação, estando integrado no Centro de História da Sociedade e da Cultura da Faculdade de Letras (Universidade de Coimbra), acumulando com a Presidência de diversas instituições culturais, nomeadamente: o Instituto Dom João VI; o Conselho das Ordens Dinásticas de Portugal; o Comité de Honra da Associação Pró-Tradição e Cultura Europeia (APTCE), etc. Publicou dezenas trabalhos (monografias, artigos de publicação em série, etc.) dos quais se destaca, entre outras, a obra: Dinastias Reais da Europa, Editora Livro Aberto, Lisboa (2004).
O Sereníssimo Senhor Dom Filipe vem presidindo regularmente a congressos e eventos de natureza Histórica e Cultural, realizados em diversas partes do País, nomeadamente aqueles organizados pelo Instituto Dom João VI , como também tem vindo a proferir conferências em diversos países da Europa para públicos escolhidos e participando em eventos comprometidos com a sustentação dos valores tradicionais da Civilização Europeia, nomeadamente os promovidos pela Associação Pró-Tradição e Cultura Europeia (APTCE), impressionando sempre os seus auditórios pela clareza, frontalidade e actualidade dos conceitos que emite. É Membro Honorário e Efectivo de diversas Academias e Instituições culturais (nacionais e estrangeiras).
Neste contacto próximo com um crescente número de pessoas, o Sereníssimo Senhor Dom Filipe faz sentir que os portugueses reencontrarão o seu caminho na prossecução dos valores, que no tempo da Monarquia, fizeram Portugal grande e respeitado entre a Nações. Em meio a uma profunda crise de identidade, que assola toda a Europa, e perante uma confusa situação política, social, e cultural dos nossos dias, amargada por sucessivas frustrações proporcionadas por estas ou aquelas figuras da esfera política, o sentimento e a esperança monárquica renascem nos membros do Ramo Dinástico Constitucional da Casa Real de Portugal, por forma a estarem prontos a um dia poderem vir a servir Portugal e os Portugueses.