Condes do Rio Grande

Francisco Barreto de Menezes (1616-1688), Mestre de Campo General, Comendador da Ordem de Cristo, Comandante de um exército de cerca de dois mil e quinhentos homens, obtendo contra os holandeses as memoráveis vitórias nas Batalhas dos Guararapes, em 1648 e 1649, expulsando definitivamente do Brasil os invasores holandesses no ano de 1654, pelo que recebeu o cognome de “Restaurador de Pernambuco“. Foi Governador de Pernambuco (1654-1657) e Governador-Geral do Brasil (1657-1663). Regressado a Portugal é nomeado membro do Conselho da Guerra e Presidente da Junta do Comércio, foi-lhe restituído por mercê Régia o Senhorio do Morgado da Quarteira (de que seu Pai já tinha sido Senhor), sendo-lhe conferido por despacho e Alvará Régio de 14 de Julho de 1678, a mercê do título de Conde do Rio Grande, que se verificará em sua filha e herdeira

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1ª Batalha dos Guararapes

A denominação do Rio Grande faz referência ao local onde se travou um dos episódios marcantes da guerra contra os holandeses em Pernambuco (Brasil). Nasceu no Peru, em 1616 e faleceu em Lisboa, a 21 de Janeiro de 1688. Filho natural de Francisco Barreto, Governador de Callao (Peru), 8º Senhor do Morgado da Quarteira (Algarve). Casou duas vezes (ambas com geração extinta): a primeira a 13 de Julho de 1665, com D. Maria Francisca de Sá, de quem teve a D. Antónia Maria Francisca Barreto de Sá (1735-1759), Senhora e Herdeira da Casa de seu Pai, Condessa do Rio Grande, etc. casada em 1684 com

Lopo Furtado de Mendóça (1661-1730), Conde do Rio Grande jure uxoris (Alvará de 5 de Março de 1689) e 12º Senhor do Morgado da Quarteira por seu casamento, Comendador de Loulé (na Ordem de Cristo), Capitão da Guarda de El-Rei, Mestre de Campo dos Terços do Algarve, Setúbal, e Almada, Almirante da Armada Real (1702), General de Batalha na Província do Alentejo, do Conselho da Guerra, General Comandante da Esquadra enviada em 1717 por El-Rei D. João V (por instâncias do Papa Clemente XI e em socorro da Cristandade) auxiliada por duas naus da Ordem de Malta e uma fragata veneziana, derrotou a esquadra Turca na célebre Batalha do Cabo de Matapão.

O Papa, em agradecimento pelos feitos do Conde do Rio Grande, concedeu-lhe uma bula com muitas expressões de honra e gratidão por ter obrado em serviço da Igreja. El-Rei D. João V fez-lhe, entre outras, a mercê da Comenda de Borba na Ordem de Aviz. Faleceu em Lisboa a 20 de Novembro de 1730. Além de filhas que professaram, tiveram um filho: José António Barreto Furtado de Mendóça e Menezes, Capitão de Cavalos da Província do Alentejo, nascido em 1688 e falecido solteiro a 2 de Agosto de 1707.

A 9 de Julho de 1799, o já Conde de Vale de Reis – Dom Agostinho Domingos de Mendóça Rolim de Moura Barreto, tem a mercê do título de Marquês de Loulé, acrescentando ao seu nome o apelido Barreto, como Herdeiro que foi de toda a Casa dos Barretos – Senhores do Morgado da Quarteira (que herdara depois da morte da última filha solteira dos Condes do Rio Grande), passando a ser o 13º Senhor do Morgado da Quarteira.

Foi deste seu quarto-neto e sucessor o Sereníssimo Senhor Dom Alberto (1923-2003), 5º. Duque de Loulé e 3.º Conde do Rio Grande, etc., que no ano de 1997, transmitiu a seu filho o Sereníssimo Senhor Dom Filipe, todos os direitos sobre o título de Conde do Rio Grande e sua Representação